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A questão da insegurança emocional já foi abordada em diversos posts aqui no blog. Desta vez o tema volta a ser discutido em função de um termo bastante repercutido nos últimos tempos, especialmente nas redes sociais: a síndrome do impostor. Pessoas acometidas por esse quadro, sentem-se inseguras diante dos próprios feitos e, frequentemente, questionam sua capacidade de ação. Diante disso, é fundamental conhecer esse padrão comportamental, bem como agir para prevenir ou tratar adequadamente a síndrome do impostor e as demais inseguranças pessoais.

Conhecendo a raiz da síndrome do impostor

A síndrome do impostor começou a ser estudada em 1978 e não é considerada uma doença. Na verdade, o termo refere-se a um conjunto de sintomas, que pode estar relacionado a outras questões, a exemplo da depressão, ansiedade e baixa autoestima. Dentre outras características, é possível identificar o fenômeno impostor por meio da constante sensação de incapacidade, aliada a pensamentos autodepreciativos. Além disso, é comum que as pessoas acometidas pela síndrome tenham dificuldade para receber ou acreditar nos elogios a elas destinados. Do mesmo modo, elas fazem comparações excessivas, praticam autocrítica exacerbada e apresentam comportamento procrastinador. Em outras palavras, são pessoas que, por alguma razão, duvidam da própria capacidade. Por isso, o conhecimento acerca desse tema ajuda no reconhecimento dos sintomas. Consequentemente, tal ato auxilia na busca do tratamento adequado à questão da insegurança, a principal raiz da síndrome do impostor.

A pessoa com a síndrome do impostor vive o dilema de apresentar-se como uma pessoa e sentir-se outra.
A pessoa com a síndrome do impostor vive o dilema de apresentar-se como uma pessoa e sentir-se outra.

Como prevenir ou tratar a síndrome

O primeiro passo para prevenir e tratar a síndrome do impostor é ficar atento aos sinais e sintomas anteriormente apresentados. Em segundo lugar, é fundamental reconhecer que a persistência desse padrão comportamental pode impactar negativamente na rotina da pessoa insegura, afetando sua vida pessoal e profissional. Além disso, a síndrome também pode desencadear alguns transtornos psicopatológicos, a exemplo da depressão. Por isso, buscar ajuda de um profissional em saúde mental, psiquiatra ou psicólogo, pode evitar as inseguranças emocionais, eliminando as comparações prejudiciais e excessivas. Não obstante, o tratamento adequado, especialmente por meio da psicoterapia comportamental, auxilia no desenvolvimento do autoconhecimento e da autoaceitação. Ou seja, o paciente aprende a acolher suas conquistas, valorizar o sucesso e a própria capacidade.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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