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Iniciar um relacionamento nos tempos atuais não está sendo fácil para ninguém. Sabendo disso, muitas pessoas estão se sacrificando para manter o relacionamento em que vivem. Até aí não teria maiores problemas. A despeito disso, a ideia de sacrifícios numa relação parece ser incompatível com a proposta de bem-estar esperada para um casal. Por isso muitas pessoas vivem numa dúvida constante: Ficar sozinha ou mal acompanhada? Qual seria sua escolha?
A questão maior é que muita gente tem consciência que, mesmo com os sacrifícios ou renúncias, estão infelizes nas suas relações amorosas. Mesmo sem perspectivas de melhoras, elas insistem em fazer o casamento ou namoro dar certo. Isto é algo bem preocupante.
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É muito frequente nas terapias de casais ou individuais, questões como essas virem à tona. Normalmente os pacientes dizem que, mesmo infelizes, preferem estar juntos. Geralmente alegam que caso se separem, possam provocar traumas nos filhos, temem dividir o patrimônio e, claro, não encontrar outra pessoa para construir uma nova família.
Durante as sessões de terapia costumamos aprofundar bastante as reflexões sobre estes e outros pontos. Frequentemente quebramos muitos paradigmas.

A escolha entre ficar sozinha ou  mal acompanhada.

Pensando nas questões dos filhos, por exemplo, a lógica do pensamento dos pais é a seguinte: “Nossos filhões vão sofrer se nos separarmos”. Concordo, isso é verdade. A maioria dos filhos querem seus pais unidos. O que esses pais não percebem é que irão provocar um trauma ainda maior e de difícil reparação se, mesmo não gostando mais um do outro, permanecerem juntos.
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Pais que tentam poupar os filhos de algumas frustrações ou separações, acabam forçando a imagem de uma família feliz que na verdade não existe. Com isso, dão modelos ruins aos seus filhos. Mesmo sem querer mostram aos pequenos um perfil inadequado de família. Mentiras, fachadas e pouca atitude de enfrentamento dos problemas é o que acabam ensinando.
Manter uma relação de fachada nunca é uma boa opção. Em casos mais graves, a conivência do casal e familiar atinge níveis de infelicidade tão mais drásticos que os próprios filhos podem desejar que os pais se separem. No final das contas, casais assim, terminam provocando um dano emocional ainda maior em todos os envolvidos.
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Separação é a única solução?

Não. O interessante é que o casal, ou um dos membros, procure ajuda de um psicólogo logo nos primeiros sinais de conflito. Muitas vezes a questão evolui apenas por uma falta de comunicação adequada do casal, ou outras questões que podem ser resolvidas na psicoterapia. Mesmo que a crise do casal já tenha ganhado proporções maiores, é sempre importante consultaram profissional para compreender a situação e propor algumas intervenções para recuperar a relação do casal antes que se torne algo irreversível.
O importante é que entre estar sozinha ou mal acompanhada, você sempre opte por estar feliz. Porém nunca aceite sacrifícios demasiados em busca dessa felicidade. Lembre-se que relação bem sucedida é aquela que lhe dá prazer, não dor.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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