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Impotência Sexual – O clima está quente, falta só a camisinha. De repente, bem naquela paradinha para colocar o preservativo, ocorre a perda da ereção e isso frustra a relação, especialmente para o homem, que se sente envergonhado e impotente, mesmo que sua parceira não o responsabilize pelo insucesso.
Você já passou por isso? Pois é, acontece mesmo. Essa é uma queixa muito comum entre os homens que buscam tratamento com psicólogos e neurologistas para tratar a questão. Mas isso não é desculpa para abrir mão da camisinha na hora do sexo, não é verdade?!
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A culpa não é da camisinha

Quase sempre, a camisinha não é a fonte do problema. Na maioria dos casos, essa perda de ereção é psicológica. Os próprios urologistas afirmam que o preservativo não corta circulação. Na maioria dos casos, isso não passa de mito.
O que ocorre é que a pausa para vestir a camisinha permite que o homem dê vazão aos sentimentos de ansiedade e insegurança, o que pode afetar a ereção. Falta de intimidade e de experiência, expectativa elevada e imaturidade também podem ser algumas das causas do problema. Nesses casos, a psicoterapia pode ajudar bastante.
Homens mais velhos, que nunca tiveram o hábito de usar a proteção, ou mesmo os menos experientes, têm dificuldade em usar a camisinha. Daí, eles criam ou alimentam a ideia de que a camisinha atrapalha e então criam desculpas para evitá-la.
Sobre a história que a camisinha aperta a ponto de cortar a circulação, os médicos dizem que é lenda. Porém, se essa for a questão, usar uma camisinha de tamanho maior resolve.
Ou seja, às vezes, o cara não tem uma ereção tão boa ou tem menor sensibilidade, o que dificulta a colocação da camisinha e ele acha mais fácil atribuir isso ao preservativo. Em todos os casos, consultar um urologista é fundamental para afastar causas físico-orgânicas.

Impotência sexual e o treinamento de camisinha

Certo, a camisinha não é a culpada pelas “brochadas” e muitos homens acham que têm impotência sexual. Mas como resolver o problema?
A recomendação, a priori, é ter calma. Não adianta forçar uma situação, pois isso tende a gerar mais ansiedade, pressão e culpa. Uma dica que costumo sempre passar para meus pacientes é tentar conversar com sua parceira ou parceiro sobre seus medos, anseios e dificuldades. Jogar limpo deixa o casal mais cúmplice e mais íntimo para lidar com essa questão que interessa a ambos.
Também é importante que se crie uma intimidade com a camisinha. Masturbar-se sozinho ou com auxílio da outra pessoa pode ajudar a tornar o preservativo menos aversivo e naturalizá-lo no sexo do casal. Vale lembrar que a camisinha é o único método seguro contra as DST’s – Doenças Sexualmente Transmissíveis.
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Único método seguro contra doenças

Muita gente não está usando mais camisinha, especialmente para as relações ocasionais, o que é um absurdo. Não por acaso, os casos de infecção por HIV tem aumentado cada vez mais em toda a população. Dados da ONU mostram que os casos de contaminação por HIV no nosso país aumentaram em 3% entre 2010 e 2016, enquanto no resto do mundo caíram em 11%.
Também não podemos esquecer de todas as outras DSTs, como a sífilis, que está em epidemia, e a gonorreia, que também está aumentando. A camisinha é o único método seguro que existe para a prevenção de doenças. Como são doenças invisíveis ou muitas vezes silenciosas, o uso da camisinha é fundamental.
Por isso, nunca se esqueça: a culpa pela perda de ereção não é do preservativo e é essencial insistir em usá-lo. Por isso, se você não está conseguindo lidar bem com a camisinha, procure ajuda qualificada, pois as causas podem ser físicas, mas também pode ter origem emocional ou psicológica e isso tem tratamento.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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