No post de hoje vamos falar sobre gordofobia. Para isso, vamos começar analisado a imagem abaixo. Olhe bem e diga qual é o seu primeiro pensamento.
Você sabe o que é a gordofobia?
Se você pensou algo do tipo: “Tadinha, é tão gorda que não coube no armário!”, saiba que você não é a exceção. A imagem acima tem feito o maior sucesso nas redes sociais e nos sites de humor mundo afora. Nitidamente, procura disseminar o preconceito e o bullying contra as pessoas gordas. Discriminar pessoas por elas serem gordas, dá se o nome de gordofobia.
De fato, a imagem nos leva a ter pensamentos preconceituosos e até a achar graça de uma situação tão inusitada. Todavia, parece que não é somente a indução feita pela imagem que desperta nas pessoas o comportamento discriminatório e preconceituoso da gordofobia.
Ao que parece, o sucesso da imagem nada mais é do que um reflexo de percepção limitada que muitas pessoas têm acerca do universo em que vivemos.
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Essa limitação em enxergar e compreender o contexto atual, certamente tem sido extremamente prejudicial ao desafio da atualidade, que é conviver com as diferenças. Muitas pessoas esquecem que nenhum ser humano é igual ao outro e que todos nós temos realidades e necessidades distintas. Precisamos, antes que seja tarde demais, aprender a conviver com isso.
Parece que cada pessoa e grupo de semelhantes têm vivido para construir um mundo onde todos sejam padronizados e que qualquer diferença deve ser extirpada, mesmo que isso seja feito em doses sutis de “humor” excludente. É assim que tem acontecido com as questões raciais, com os estereótipos, com as imagens corporais, com as questões de gênero e com a sexualidade de muitas pessoas, principalmente com os homossexuais.
Ainda falando sobre a imagem que é tema desse post, fui testemunha de um comentário sobre ela que me fez refletir sobre muitas questões. Dentre elas, que o olhar que temos sobre os comportamentos preconceituosos também tem sido usado para chamar a atenção para outras realidades ainda polêmicas em nossa cultura e que merecem ser superadas. Você imagina que alguém conseguiu olhar para a imagem acima e chamar a atenção para a questão do preconceito com os homossexuais? Mas aconteceu. Numa dessas conversas de WhatsApp, eis que alguém analisou a foto e disse:
“Ela saiu do armário. As outras ainda vão sair”.
Achei a análise e o comentário muito pertinentes e fantásticos. Creio que viveríamos num mundo muito melhor se as pessoas se dedicassem a ações como essa, que soam muito mais leves e agregam conceitos, em vez de segregar e excluir as pessoas por meras características que diferem uma pessoa da outra.
Diferir é normal. Desqualificar em função da diferença é inaceitável! Ademais, mesmo com todas as influências e históricos de limitações conceituais em nossa vida, cabe a nós, e somente a nós, a opção de espalhar sementes como a do preconceito e a da reflexão. Que predomine a segunda alternativa.