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O comportamento agressivo, expressado de forma física ou verbal, conhecido como bullying, é um dos graves problemas enfrentados em todo o mundo. Sem dúvidas, o local onde esse comportamento danoso mais se expressa é nas escolas. Assim, atos como: colocar apelidos, humilhar, isolar ou até mesmo agredir fisicamente o outro, são alguns exemplos e reflexos do bullying. Sem dúvidas, todos eles refletem negativamente o contexto onde a agressão acontece. Por isso, é necessário falar sobre a cultura do bullying. Afinal, além de compreender o modo como comportamento danoso ocorre, é fundamental evidenciar as características e circunstâncias do comportamento delinquente na atualidade. Tal posicionamento permitirá, evidentemente, intervir para diminuir a ocorrência sua; seja nas escolas ou nos demais ambientes.

O bullying e seus efeitos

Bullying, delinquência, problemas de conduta, indisciplina, entre outros termos, definem praticamente o mesmo fenômeno: o comportamento agressivo que sempre estive presente no contexto escolar e no cotidiano da humanidade. Por isso, não seria correto afirmar que o bullying é um fenômeno novo, especialmente nas escolas. O que pode ser considerado recente são os estudos a respeito do tema, realizados em todo o mundo, para discutir as graves consequências que este fenômeno tem provocado e formas eficazes de combatê-lo. Afinal, qualquer pessoa, em todas as idades, nas mais variadas circunstâncias, pode ser vítima de bullying, pois não há um perfil padrão para que essa atitude agressiva ocorra.

No entanto, os estudos mostram que há características comuns entre sujeitos que praticam e sofrem o bullying. Isto é, em geral, o agressor já foi, em algum momento, alvo do bullying. Desse modo, ele pode ter aprendido que a pessoa que o humilhou agiu dessa forma porque era mais forte, mais poderosa. Assim, para o agressor, dentre outras funções, o humilhar é uma forma de demonstrar poder e conseguir uma admiração junto aos outros. Por outro lado, aqueles que são alvos do bullying normalmente apresentam alguma característica física ou emocional que o difere dos demais membros de um grupo. Somado a isso, normalmente possuem sentimento de insegurança, timidez e dificuldades para enfrentar problemas. Com isso, ao identificar essas fragilidades, o agressor pratica agressões físicas e emocionais para demonstrar poder frente às vítimas.

Normalmente atitudes punitivas levam as vítimas a repetir comportamentos agressivos e bullying em outras relações.
Normalmente atitudes punitivas levam as vítimas a repetir comportamentos agressivos e bullying em outras relações.

O que fazer nos casos de bullying?

Evidentemente a pessoa que é alvo de bullying tende a sofrer muito mais do que qualquer outro envolvido. Frequentemente aquele que sofre com as agressividades podem apresentar baixa auto-estima, sentimentos negativos relativos a si próprio, aumento da probabilidade de depressão e dos comportamentos agressivos. Além disso, pode ainda tornar-se autor de comportamentos agressivos, pois uma das formas de escape/fuga do sofrimento que alguns desses alvos encontram é praticar o bullying contra outra pessoa que seja mais frágil que ela. Ou seja, tal prática cria um círculo vicioso e muito prejudicial.

Por isso, é importante refletir sobre a condição emocional da pessoa impactada pelo bullying; seja ela uma criança, jovem ou adulta. Isso, especialmente no que tange a questão da expressão dos sentimentos e emoções. Afinal, aqueles que lidam de maneira adequada com as questões emocionais têm maiores chances de não ser afetados pelas ações do bullying. Lembrando que, para isso, é de fundamental importância analisar o contexto e as formas de poder vigentes no âmbito onde as agressões ocorrem, especialmente no ambiente escolar. A partir daí, as todos podem adotar medidas que promovam a integração das diferenças e a participação ativa em cada ambiente e em todas as interações.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

2 Comments

  • É IMPORTANTE ESTARMOS ATENTO AO BULLING ESSE ARTIGOFOI BEMINTERESSANTE.

    • Olá Eliane,
      Você tem razão, devemos todos estar atentos a este comportamento extremamente danoso, especialmente nas escolas e instituições de ensino!

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