Muitas pessoas perseguem e nutrem a expectativas de alcançar o sucesso em diversos âmbitos de suas vidas, especialmente nos relacionamentos. Contudo, frequentemente, falham. Certamente, a dificuldade para essa questão reside numa variável básica: sucesso é algo relativo. Isto é, varia de indivíduo para indivíduo. Logo, equacionar a subjetividade entre os envolvidos é, no mínimo, desafiador. Desse modo, aqueles que desejam atingir sua glória pessoal e nas relações interpessoais, devem ter em vista que um meio razoável para equilibrar suas necessidades com as necessidades alheias é não tentar agradar todo mundo. Na psicologia comportamental, a tentativa de agradar a todos, não priorizando a si próprio, recebe o nome de inasservitidade.
O outro lado da moeda
Quando uma pessoa age de modo a priorizar a vontade alheia em detrimento da sua necessidade pessoal, abre brechas para viver em função dos outros e, pouco a pouco, deixa de viver para si. Tecnicamente, na psicologia comportamental, aqueles que agem dessa maneira são consideradas pessoas inassertivas. Isto, pois, estão sempre assumindo papéis submissos e sendo passivas nas relações. Ou seja, sempre colocam o desejo dos outros à frente dos seus. Pessoas inassertivas costumam ter autoestima muito baixa e sofrem com sentimentos de culpa, picos de ansiedade e outros transtornos emocionais. Mesmo assim, vivem na expectativa de alcançar o sucesso pessoal adotando como estratégia principal a lógica de agradar aos outros para, consequentemente, serem aceitas.
Nesse sentido, o pensamento da pessoa inassertiva processa, geralmente, da seguinte maneira: quanto mais pessoas eu agradar, maiores serão as chances de tê-las ao meu lado, apoiando meus objetivos. No entanto, a realidade costuma ser outra. Isto é, sempre que alguém prioriza a vontade alheia em detrimento da própria vontade, ensina aos demais que o querer delas é mais importante. Logo, elas podem se aproveitar cada vez mais da inassertividade do emissor, pois, de alguma forma, os benefícios gerados na maioria das situações são cômodos para o receptor. Dito em outras palavras, é comum que terceiros se aproveitam da fragilidade emocional da pessoa inassertiva para explorá-la. Não obstante, com efeito, após tentar agradar todos os interlocutores e não alcançar o sucesso esperado, o agente da ação se frustra, fracassa e torna-se ainda mais inseguro e vulnerável.
Alcançar o sucesso na relação com os outros
Em linhas gerais, as pessoas inassertivas possuem histórico de insegurança emocional, convivem em contextos ou relacionamentos agressivos, punitivos e tensos. Assim, o convívio em ambientes e relações com tais características contribuem para formar pessoas emocionalmente frágeis, divididas e com pouca habilidades sociais. Ou seja, têm enormes dificuldades para se posicionar, tomar decisões, dizer “não”, bem como expressar seus sentimentos e emoções. Por tudo isso, aqueles que se identificam com o perfil inassertivo devem procurar ajuda para evoluir em busca de outro modo de agir, que, via de regra, contribui para avançar rumo ao tão desejado sucesso: o comportamento assertivo.
Comportar-se de maneira assertiva garante às pessoas uma possibilidade de sucesso que equilibra as necessidades pessoais com as demandas alheias. Dito em outras palavras, é um modo de conduzir as relações, equilibrando os interesses de todos os envolvidos. Isso, sem dúvidas, contribui para que, finalmente, as pessoas sintam uma sensação de objetivo cumprindo e bem-estar: o tão desejado triunfo pessoal e interpessoal. Experimente!