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Terminar um relacionamento, seja ele um casamento ou um namoro, não é uma tarefa fácil. Por mais doloroso que seja perceber que a relação não faz mais sentido, comunicar a decisão de terminar ao seu parceiro ou parceira  é ainda pior. Não por acaso, esse é um questionamento muito frequente dos meus pacientes: qual a melhor maneira para terminar um relacionamento?
Qual a melhor maneira para terminar um relacionamento? psicólogo em salvador especialista em terapia de casal
Depois de muito sofrimento e tentativas de salvar o casamento ou namoro, ao menos um dos pares conclui que a melhor opção é terminar. Ao atingir esse ponto, as pessoas ficam propensas a seguir dois caminhos preocupantes.
O primeiro deles é procrastinar ainda mais a situação. Mesmo sofrendo e cientes dos fracassos nas várias tentativas de reconciliação e superação, muitas pessoas preferem acreditar que uma mágica irá acontecer. Elas creem que repentinamente algo acontecerá e salvará aquele casamento. Pessoas que agem dessa forma – especialmente num momento de crise, desilusão ou constatação de incompatibilidade amorosa – tendem a cometer os mesmos erros do passado. Ao repetir atitudes e comportamentos, elas sofrem mais e criam um cenário ainda mais drástico para o fim da relação.
O segundo caminho mais comum adotado num momento de término é simplesmente comunicar à outra pessoa que a relação está acabada. Não aguento mais. Está tudo acabado entre a gente, é o que dizem. Essa é pior forma de terminar uma relação. Ainda que os dois já estivessem conscientes da infelicidade vivida pelo casal naquele momento, a decisão foi tomada unilateralmente. Em casos assim, um decide sozinho e o outro apenas é comunicado. Isso, é ultrajante. É completamente injusto e só traz mais sofrimento para todos.
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Como terminar um relacionamento?

Se o término for realmente o único caminho, existe uma forma mais adequada de se fazer isso. A proposta nesse momento é usar o mesmo modelo geralmente utilizado para se iniciar uma relação: o combinado.
Combinar é algo que o casal precisa fazer até mesmo num momento de separação. Isso significa dizer que, se foi feito um acordo para dar início àquele relacionamento, essa mesma atitude deve ser usada na ocasião do fim. É isso que se espera de pessoas maduras e responsáveis, ainda que o clima seja completamente inverso ao do início.
Ao iniciarem um relacionamento, pessoas maduras e responsáveis falam o que estão sentindo, procuram saber se a outra pessoa sente o mesmo ou algo equivalente e decidem [JUNTAS] dar início ou avançar na relação. A ideia é que isso se repita ao terminar um relacionamento. Expressar os sentimentos e procurar saber o que a outra pessoa sente ou pensa nesse momentos é fundamental. Isso contribui para novamente juntas decidirem sobre o destino daquela relação.
Lógico que fazer isso não é uma tarefa fácil. Por isso, é recomendado que o casal procure ajuda profissional para intermediar esses diálogos. Afinal, num clima ruim, o casal não consegue desenvolver uma conversa franca, expressando adequadamente todos os sentimentos e emoções.
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Toda relação precisa terminar?

Não. No entanto, muitas relações ficam sem alternativa, em virtude de as pessoas envolvidas acumularem problemas e tentarem postergar, melhorar ou resolver os conflitos do relacionamento de forma inadequada.
Talvez você não saiba, mas apenas uma pequena parcela dos relacionamentos acabam depois de passarem por uma terapia de casal. Isso nos leva a pensar que muitas relações teriam grandes chances de sucesso se tivessem recorrido a ajuda antes dessas decisões de término abrupto. Inclusive aquelas que optaram pelo caminho da procrastinação ou foram surpreendidas com um comunicado abrupto de término.
Por essa e por outras razões, é sempre fundamental que o casal procure auxílio profissional logo nos primeiros sinais de dificuldades. Investir numa terapia pode garantir que aquela ferida seja estancada ainda quando pequena, bem como que a relação seja ajustada para ter qualidade e vida longa.
Antes de pensar em terminar um relacionamento, pense um pouco na forma como conduzirá isso. Também lembre-se de que a relação não precisa estar por um fio para buscar a terapia de casal.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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