A 4ª edição da pesquisa ‘Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil‘ trouxe dados alarmantes sobre a violência contra mulheres no país. Segundo o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 28,9% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência ou agressão no último ano. Isso representa 18,6 milhões de mulheres agredidas e violentadas no país. Esses números alarmantes ressaltam a importância da campanha do Laço Branco, celebrada no Brasil durante o Dia Nacional da Mobilização dos Homens, estabelecido em lei. Apesar da relevância, alas conservadoras da sociedade questionam a necessidade da campanha, da data e da lei. Por outro lado, os dados sobre a violência contra a mulher enfatizam a importância de mobilizar os principais agentes dessas agressões para reduzir e valorizar as mulheres em nossa sociedade.
Campanha Laço Branco no Brasil
A campanha mundial “Laço Branco” foi criada por um grupo de homens canadenses em 1989. O intuito da ação foi estimular outros homens a rejeitar comportamentos de ódio contra as mulheres. Hoje, a campanha faz parte dos 21 dias de combate a qualquer tipo de agressão – seja física, verbal, psicológica ou financeira – e tem como lema principal: “nunca cometer um ato violento contra as mulheres e não ignorar essa violência”.
Segundo informações do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, essa campanha está presente em todos os continentes e em mais de 55 países. A Organização das Nações Unidas (ONU) considera esta iniciativa como a maior do mundo voltada para o envolvimento masculino na questão da violência contra a mulher. No Brasil, o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres foi instituído pela Lei nº 11.489/2007, celebrado no dia 06 de dezembro.
Apesar da relevância do tema, grupos mais conservadores criticam o engajamento na causa. No entanto, o envolvimento dos homens na defesa das mulheres e na busca pela igualdade de gênero é crucial. Afinal, a maioria das agressões sofridas pelas mulheres parte dos homens, especialmente seus companheiros e ex-companheiros. Logo, a principal ferramenta para a contenção da onda de violência contra as mulheres deve ser a conscientização dos homens, visando a mudança desse comportamento trágico.
Epidemia de violência
A alarmante pesquisa “Visível e Invisível” revela que mais de 18 milhões de mulheres no Brasil foram vítimas de algum tipo de violência. Comparativamente aos levantamentos anteriores, todos os tipos de violência contra a mulher exibiram um aumento significativo. Assim, um impressionante índice de 33,4% das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais relataram terem sofrido violência física e/ou sexual por parte de um parceiro íntimo ou ex-parceiro. Desse modo, a estimativa brasileira ultrapassa a média global de 27%, conforme a OMS. Além disso, as formas predominantes de violência perpetradas por parceiros ou ex-companheiros incluem abuso psicológico, afetando 32,6% (21 milhões de vítimas), seguido por agressões físicas em 24,5% (15,8 milhões) e violência sexual em 21,1% (13,6 milhões).
Esses números alarmantes destacam a gravidade da violência de gênero no país. Desse modo, fica evidenciado o preocupante cenário de agressões físicas, sexuais e psicológicas cometidas contra mulheres por seus parceiros íntimos ou ex-companheiros. Portanto, não há margem para questionar a relevância desse tema, tornando crucial a conscientização e o engajamento dos homens. Afinal, são eles os principais perpetradores dessas agressões.
Homens na luta contra a violência de gênero: importância e desafios
Diante desse cenário alarmante e crescente, torna-se crucial promover ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres. Por isso, é fundamental o fomento e apoio a ações como a campanha do Laço Branco. Afinal, é incentivar um número cada vez maior de homens a se engajarem nesse processo e essencial para que índices tão preocupantes sejam cessados. Isto, pois, os dados sobre a violência contra as mulheres destacam a importância de mobilizar os principais agentes dessas agressões para reduzir a violência e promover a valorização das mulheres em nossa sociedade.
O que você pensa sobre campanhas de combate à violência praticada contra as mulheres? Você apoia a campanha do Laço Branco?
