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A doença do WhatsApp. Provavelmente, você deve ser uma pessoa que tem smartphone, tem o Whatsapp instalado em seu aparelho, participa de vários grupos no aplicativo e utiliza a ferramenta para se comunicar sobre os mais diversos assuntos, não é verdade? Mas você é dessas pessoas que passa horas consecutivas digitando sem parar no aparelho? Se sim, cuidado, você pode contrair o que tem sido chamado de WhatsAppitis – uma lesão por esforço repetitivo no pulso, causada pela frequência excessiva e a forma com que digitamos nos smartphones.
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A doença do WhatsApp

Hoje em dia, é cada vez mais comum a adesão das pessoas às novas tecnologias. É inegável o sucesso e a popularidade de aplicativos como o Whatsapp, que é um fenômeno em todo mundo e em todas as gerações. Inegável também é o impacto que o uso excessivo desses recursos tem trazido prejuízos a muitas pessoas e suas relações interpessoais. Muito embora as pessoas estejam atentas apenas aos benefícios e vantagens do momento e não enxergando o que pode acontecer depois.
A questão que as pessoas não têm moderado é a forma como utilizam o WhatsApp e outros aplicativos em seus smartphones e não estão percebendo que estão acumulando prejuízos que vão desde as relações interpessoais até doenças físicas devido a má atualização desses recursos. Embora nem todos percebam ou estejam preocupados com isso, certamente essas pessoas enfrentarão consequências desagradáveis no futuro.
Essa discussão ficou ainda mais intensa quando, recentemente, uma médica espanhola anunciou que o uso excessivo do WhatsApp pode causar uma doença que vem sendo chamada de WhatsAppitis. Ou seja, além de todas essas questões, esse parece estamos diante de mais um comportamento que reflete uma questão muito maior nas pessoas: “não pensar nas consequências dos seus atos” e dessa vez com um prejuízo físico e não somente subjetivo como já falamos aqui em outros momentos.
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Publicado no jornal médico britânico The Lancet, o caso da médica espanhola fala sobre uma paciente que não tinha nenhum histórico de trauma nas mãos, mas passou seis horas de seu dia de Natal em 2013 respondendo a mensagens que havia recebido no WhatsApp.
“Ela fazia movimentos contínuos com as mãos e os polegares para enviar as mensagens” e com isso desenvolveu a LER – Lesão por Esforço Repetitivo.
A WhatsAppitis é o que poderíamos chamar de uma nova versão para a LER – síndrome constituída por um grupo de doenças que afeta principalmente os músculos, nervos e tendões dos membros superiores, pois sobrecarrega o sistema musculoesquelético, devido a repetição dos movimentos. Esse distúrbio provoca dor e inflamação, pode alterar a capacidade funcional da região comprometida, não tem cura e apresenta prevalência maior entre pessoas que trabalham com serviços de digitação e tem postura corporal inadequada na execução das tarefas.
Digitação excessiva? Postura? Ops! Mas é exatamente isso que um incontável número de pessoas está fazendo nesse exato momento em seus smartphones!
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A doença do zap zap

Então, se você é daqueles que passa o dia inteiro trocando mensagens no WhatsApp, cuidado, você pode acabar lesionando seu corpo e acabar desenvolvendo a WhatsAppitis – a doença do WhatsApp. Mas não pense que isso é algo exclusivo do WhatsApp. Se você passa o dia twittando, curtindo posts no Facebook ou outras ferramentas que exijam comportamentos repetitivos no celular, o riscos são os mesmo.
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Sintomas da lesão por esforço repetitivo presentes na doença do WhatsApp

Os principais sintomas que você está caminhando para ter uma WhatsAppitis ou LER são:

  1. dor nos membros superiores e nos dedos;
  2. dificuldade para movimentá-los;
  3. formigamento;
  4. fadiga muscular;
  5. alteração da temperatura e da sensibilidade;
  6. redução na amplitude do movimento;
  7. inflamação;
  8. Sensação de dormência ou coimbrã.

Se você se identificou com alguma desses sintomas ou nota que passa por algum deles quando fica muito tempo digitando em seu smartphone, procure o quanto antes um fisioterapeuta ou um médico especializado para diagnóstico e tratamento.

Que outros riscos que a doença do WhatsApp representa?

Parece que vivemos numa sociedade em que as pessoas não pensam nas consequências que suas ações do presente trarão para o futuro. Isso que estamos discutindo aqui sobre a WhatsAppitis ou própria LER – que é uma antiga conhecida de pessoas que trabalham em indústrias, bancários, digitadores e outros trabalhadores – parece refletir a perda de um valor crucial da nossa sobrevivência e do nosso bem estar: o autocuidado.
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Isso porque, muitas pessoas ao aderir a comportamentos novos ou utilização de determinadas ferramentas dedicam-se demasiadamente a isso e terminam por esquecer de dosar ou moderar essa utilização. Como sempre tenho dito nos posts que trato sobre esses temas, devemos abraçar todas as tecnologias que vieram para facilitar nossa vida, mas também devemos ter a noção de que o mundo não vai, necessariamente, acabar amanhã.
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E, por isso, devemos poupar nosso corpo para viver os dias que virão. Ao usar uma ferramenta tão prática e popular como é o WhatsApp, devemos ter em vista se em algum momento um músculo for definitivamente danificado a utilização da ferramenta também pode ficar definitivamente comprometida. Isso é o que acontece com a maioria dos comportamentos que temos visto dia a dia. As pessoas vivem como se não houvesse amanhã e com isso se expõe. Quando um mal maior acontece, já é tarde demais. Por isso, devemos resgatar as habilidades para fretar nossos impulsos e controlar os comportamentos que poderão trazer prejuízos no futuro.
Como disse, é fato que não sabemos se haverá amanhã, mas havendo, você estará preparado?

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4 Comentários

  • Andressa Alves Noia disse:

    Boa noite gostei dessa estudo sobre essa rede social acho que tem muita gente vissiada nisso legal!!!!!!!

  • patricia disse:

    Muito bom gostei, sou uma viciada no watsapp e preciso de ajuda pra largar esse vicio.

  • Olá Patrícia!
    Que bom que gostou do post e obrigado pelo comentário.

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