Em um trecho do livro “Talvez você deva conversar com alguém” a psicoterapeuta Lori Gottilieb conta a história de Rita, uma de suas pacientes. Rita é uma mulher de 69 anos, traumatizada após o fracasso de 4 relacionamentos. Em decorrência de tamanhas frustrações, ela sofre com um transtorno depressivo que afeta especialmente sua autoimagem e autoconfiança. O caso ilustra um comportamento frequente e comum a vários relacionamentos. Em razão disso, é fundamental refletir sobre o peso atribuído à idade ou aparência física nos convívios amorosos.
Relacionamentos pautados nos estereótipos físicos
A história de Rita, a personagem contemplada no trecho do livro citado acima, sem dúvidas, reflete a realidade de muitos homens e mulheres. Isto é, apesar dos traumas decorrentes das frustrações acumuladas em suas respectivas vidas amorosas, muitas pessoas são rejeitadas por seus pares em função de idade ou da forma física. No caso da paciente narrada no livro a situação não é diferente. Ela, para lidar com o inerente desejo de ser tocada por outra pessoa, busca se relacionar com homens mais velhos. Entretanto, a idade e aparência física dos seus pretendentes também é um empecilho para ela, evidenciando o peso atribuído à idade e à forma física nos relacionamentos amorosos. Por isso, é fundamental refletir sobre os relacionamentos pautados nos estereótipos físicos e nas fantasias idealizadas de beleza jovial.
Relacionamento com prazo de validade
Mesmo cientes de não haver juventude eterna, muitas pessoas estão se relacionando e criando vínculos apenas com os corpos de seus pares. Não obstante, tudo isso ocorre, por norma, em detrimento da formação e manutenção de elos afetivos. Na prática, a falta ou escassez dos laços emocionais traz como consequência o fato de que, à medida que o tempo passa e a forma física muda, homens e mulheres são, por esse motivo, descartados e abandonados. Dito em outras palavras, o culto ao corpo escultural, à jovialidade e ao ideal de beleza, prejudica os relacionamentos e leva muitas pessoas a relações com prazo de validade e, não raramente, à solidão. Assim sendo, é imperioso compreender que o relacionamento não deve ser pautado na forma física ou na idade das pessoas.
Todos vão envelhecer
Em resumo, é importante ter em vista que o encontro entre duas pessoas pode ser muito mais rico e profundo que a superficialidade dos corpos. Isto é, desde que não seja baseado apenas na fetichização física ou idolatração da jovialidade. Embora tais aspectos sejam, de algum modo, relevantes na formação dos pares, nunca é demais lembrar que a base e a sustentação de qualquer relacionamento reside no vínculo emocional e afetivo entre as partes. Desse modo, aqueles que agem de maneira diversa, certamente desconsideram que todos, indistintamente, vão envelhecer um dia. Em contraponto, as pessoas que fundamentam seus relacionamentos a partir dos vínculos emocional e afetivo, sem dúvidas, são menos impactadas pelas mudanças biológicas a que todos estão sujeitos. Pense nisso.
Em 2018, aos 52 anos me relacionei com colega de 35 anos. Apesar de alguns ajustes para ele me penetrar, nos completamos! Alguns chegaram a comentar de “encarar” um homem literalmente sexualmente ativo e da parte dele: encarar um homem com quem ele levará mais tempo para atingir o climax, mas esse detalhe do momento sexual de cada um, em nada interferiu!!!