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A IBCM – Instituição Beneficente Conceição Macedo me convidou para falar aos jovens atendidos pelo projeto social. O tema discutido foi sobre tribos urbanas. Na platéia estavam cerca de 200 jovens integrantes do programa menor aprendiz. O papo com a galera foi super divertido e durante a palestra pude falar sobre estereótipos. Ou seja, os significados preconcebidos e socialmente estabelecidos para determinar pessoas, coisas ou situações. Assim, a palestra abordou a questão das tribos urbanas e as representações sociais que esses grupos e seus integrantes possuem no corpo social.

Tribos urbanas e a rivalidade

As tribos urbanas são grupos de pessoas que reúnem membros com preferências e posturas afins. Desse modo, as características gerais destes grupos definem o perfil dos seus integrantes, bem como identidade do coletivo. Assim, cada tribo urbana sempre reúne pessoas com condutas semelhantes. Tal modo, obviamente, torna o grupo mais fortalecido. No entanto, aquilo que fortalece o grupo também acirra a rivalidade entre outras tribos que têm códigos distintos. Por exemplo, as posturas praticadas entre os times de futebol.

De maneira geral, a palestra tratou de aspectos fundamentais dos grupos sociais, em especial, coletivos como: emos, pagodeiros, micareteiros, roqueiros, patricinhas, gays, hippies. Ou seja, foram discutidas as características comuns de cada grupo e como tais coletivos são identificados no corpo social.

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As tribos urbanas têm um fenômeno antagônico: enquanto reúne membros com características afins, também gera rivalidade com outros grupos.

A identidade e o contexto

Em resumo, a palestra sobre as tribos urbanas buscou chamar a atenção dos jovens para importância do fortalecimento grupal, bem como para as posturas socialmente estabelecidas no âmbito social. Isto, pois, embora com características distintas, muitas desses grupos sociais estão sujeitos aos mesmos tratamentos, a exemplo dos preconceitos, rótulos, discriminação e bullying. Por isso, é fundamental compreender a importância dos grupos na formação de identidade de cada pessoa, os códigos de éticas e condutas sociais. Afinal, em sua maioria, mesmo com gostos e preferências distintos, muitas tribos urbanas estão inseridas numa mesma classe social e enfrentando as mesmas adversidades, cada uma ao seu modo.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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