Poliamor. Na semana passada, o psicólogo Elídio Almeida gravou participação no documentário “O poliamor na Bahia“, que está sendo produzido pela estudante de jornalismo Fernanda Fahel. Elídio falou sobre concepções biológicas e culturais que favorecem o poliamor e as limitações, impacto e consequências desse tipo de relação. Elídio abordou ainda a questão do ciúme e do diálogos nas relações amorosas.
Poliamor e o ciúme
O ciúme é uma emoção humana extremamente comum, senão universal, podendo ser difícil a distinção entre ciúme “normal” e “patológico”. Escrevo entre aspas, porque mesmo o considerado “normal”, o ciúme carrega em si algo também doentio que é a tentativa de posse sobre a pessoa amada. E acaba tendo essa conotação de “normal” justamente por ser comum e frequente, diferentemente do entendimento que muitas pessoas fazem, considerando o “normal” como sinônimo de sadio. Ambos têm um aspecto doentio, o dito patológico difere apenas por ser mais grave.
É importante entendermos que o ciúme refere-se a um conjunto de pensamentos, emoções e ações, desencadeados por alguma ameaça à estabilidade ou qualidade de um relacionamento íntimo valorizado, que pode estar presente em qualquer tipo de relação interpessoal, embora seja mais característico nos relacionamentos amorosos.
Poliamor é um termo usado para definir a prática, o desejo ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo e amoroso simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos.