A Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, comprova que o humor está diretamente relacionado ao tempo gasto nas Redes Sociais. De acordo com os resultados de uma pesquisa coordenada pelo Dr. Brian Primack, quanto menor o tempo gasto em plataformas como Instagram, Facebook e afins, melhor é o humor da pessoa. Desse modo, o contrário também é verdadeiro e igualmente preocupante. Ou seja, aqueles que ficam muito tempo conectados têm maiores chances de desenvolver transtornos de humor, especialmente a depressão.
Essa pesquisa analisou 2400 estudantes com idades entre 18 e 30 anos da comunidade acadêmica de Pittsburgh. A partir dos dados, constatou-se que alguns chegam a gastar até 18 horas por dia conectados às redes sociais. Embora o estudo apresente uma análise local, não há dúvidas que suas revelações refletem a realidade da maior parte dos brasileiros. Razão pela qual é importante abordar tão densa e preocupante problemática.
O uso das redes sociais que adoece
Os brasileiros gastam em média quase cinco horas por dia no celular (fonte). Com isso é possível assegurar que, no Brasil, também há quem gaste até 2/4 do seu dia nas redes sociais. Tal índice é alarmante e surpreendeu até mesmo para os pesquisadores da Pittsburgh. Segundo Primack, é justamente no grupo que mais utiliza as redes sociais que se encontram os maiores índices de depressão. Esta e outras constatações estão no relato do estudo intitulado “Suporte emocional das mídias sociais e relações pessoais: associações com risco de depressão entre jovens adultos“. Veja aqui.
Desse modo, observa-se que o tempo gasto curtindo e compartilhando fotos e mensagens nas redes sociais não constitui um hábito tão saudável. Ao contrário, provoca estresse, ansiedade e depressão, especialmente por alguns fatores:
- A quantidade de informações das redes sociais são infinitas. Isso leva seus usuários a dedicarem cada vez mais tempo no intuito de dar cabo de todas as atualizações. Por ser um missão impossível, inevitavelmente vem a frustração.
- Está presente nas redes sociais a cultura na qual todas as pessoas têm uma vida perfeita. A falácia não apenas deteriora a autopercepção daqueles que têm uma vida comum, mas também induz essas pessoas a uma competição desleal consigo mesmas. Não por acaso, muita gente procura demonstrar em suas postagens uma realidade que não condiz com a circunstância em que realmente vive.
Esses e outros aspectos põem por terra a psedoideia na qual as redes sociais são meios de lazer e relaxamento. Assim, percebe-se que ao invés de relaxar, o uso excessivo desses canais contribuem para o desenvolvimento de diversos adoecimentos. Obviamente isso inclui diversos transtornos de humor.
Um alerta para os brasileiros
Embora tenha-se a equivocada ideia que atrair milhares de amigos seguidores, postar fotos/vídeos compulsivamente, bem como acompanhar dezenas de grupos no WhatsApp seja sinônimo relação interpessoal bem sucedida, isso não é uma verdade. O efetivo isolamento social percebido, nas redes sociais é sinônimo de sofrimento emocional e adoecimento das mais diversas ordens. Com efeito, interações exageradas denunciam quadros precários de saúde física, por vezes atrelado ao adoecimento emocional de várias dimensões. Infelizmente, estes desdobramentos em geral, são imperceptíveis ou negligenciados pelos usuários.
Seja como for, as constatações feitas a partir de estudos devem servir de alerta para todos, especialmente aos brasileiros que figuram como os maiores adeptos das redes sociais no mundo. Desse modo, como as redes sociais são difundidas de forma ampla por aqui, é extremamente importante que a população brasileira compreenda, de fato, os efeitos nocivos do uso exacerbado e doentio das plataformas sociais. Somente assim, será possível ajudar o grande grupo adicto das destas ferramentas. De forma idêntica, fazer uso moderado e consciente, pode reduzir as consequências negativas desta interação.
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