A obesidade é um problema crônico que afeta grande parcela da população mundial. Vários fatores contribuem para o seu surgimento. Em razão disso, qualquer intervenção feita na tentativa de tratamento da obesidade deve, obrigatoriamente, considerar todos os possíveis fatores causais, principalmente os de ordem biológica e emocional.
Obesidade: o corpo em evidência
Embora as ciências biomédicas estabeleçam critérios para definir quando uma pessoa pode ser considerada obesa, ou seja, aferindo e comparando as proporções de altura e a massa corpórea, algumas extrapolações ocorrem. Por exemplo, no dia a dia, é muito comum qualquer pessoa com sobrepeso ou alguns quilinhos a mais seja rotulada como obesa. Noutros casos, tal classificação parte da própria pessoa. Sem dúvidas, isso ocorre devido às imposições de beleza impostas pela sociedade. Ou seja, diversos meios do contexto social procuram ditar os padrões de sucesso, felicidade, beleza. Com isso, também são determinados os corpos coletivamente aceitos, excluindo a obesidade.
A questão é que a tentativa de imprimir esse perfil idealizado a qualquer custo, leva várias pessoas a se submeter a procedimentos danosos a saúde. Além disso, é evidente o impacto emocional associado aos conflitos com o próprio corpo, muitas vezes impostos pelo meio social. Assim, nesse processo, podem surgir várias outras questões associadas como bulimia, anorexia, ansiedade, depressão ou outras alterações comportamentais. Consequentemente, esse conjunto pode fazer com que a pessoa precise de ajuda profissional.
Tratamento psicológico
Nesse sentido, a terapia comportamental, de maneira objetiva e orientada, aborda fatores cognitivos, emocionais e interpessoais no tratamento da obesidade ou da autoimagem. Afinal, não somente o corpo reflete as questões da obesidade. Em outras palavras, o objetivo é implementar estratégias e técnicas comportamentais para que o paciente consiga encontrar possibilidades mais eficazes de enfrentar o problema da obesidade. Desse modo, vale lembrar que nunca é fácil conter a obesidade sem suporte técnico especializado. É importante considerar que fatores genéticos também podem ditar o fenótipo das pessoas. Por isso, a terapia pode ajudar a compreender e lidar de forma adequada com todos esses fatores.
Elídio Almeida
psicólogo CRP 03/6773
Elídio Almeida, psicólogo em Salvador, é graduado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos e pós-graduado em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo atendimento psicológico a casais e psicoterapia individual para adultos. Realiza atendimentos presenciais em Salvador-BA e online para pessoas de todo o Brasil.
Muito boa a matéria bastante contéudo e seria muito bom e adorei a parte que fala sobre o padrão de vida imposto pela sociedade onde tantas pessoas sofrem com os preconceitos os apelidos e a fustração na hora de comprar roupa.