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Ficar sem celular – Você tem medo de ficar sem seu celular ou incomunicável por muito tempo? Então você precisa ler esse texto. Atualmente tem se falado muito sobre  a “monofobia“. Você sabe o que é isso? Talvez você ainda não tenha ouvido falar sobre a monofobia ou como o termo surgiu. Se este for o caso, espero, com esse post, ajudar você a compreender um pouco mais sobre a tal monofobia.
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Monofobia é um nome recente que designa o desconforto ou a angústia causados pela incapacidade de comunicação através de aparelhos celulares, computadores ou tablets. Sua principal característica é uma fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável. É o que acontece quanto se estar em algum lugar sem poder usar seu aparelho de celular ou qualquer outro meio de comunicação instantânea.
Lógico que como esse “boom” tecnológico é relativamente novo, o termo monofobia acabou de sair do forno. O termo tem origem na língua inglesa: No-Mobile ou simplesmente No-Mo, que significa sem comunicação móvel. Em português a nomenclatura ganhou a junção de fobia. A monofobia vem sendo chamada de medo ou fobia de ficar incomunicável ou medo de ficar sem celular. Complexo, não? Mas o mais importante nisso tudo é tentarmos compreender que comportamentos há por trás desse termo.
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Você consegue ficar sem celular por muito tempo?

Ultimamente tenho falado de muitos termos novos aqui no blog. Foi assim há um tempo quando falei de bullying e mais recentemente sobre Whatsappitis – que tem sido considerada a doença do WhatsApp. Assim, seguindo essa tendência, quis trazer aqui nesse post o termo da vez: monofobia. Espero, desde já, que você tenha compreendido a que ele se refere, mas, o mais importante é que compreenda o recado que esse termo pode estar sinalizando sobre nossos comportamentos diante do nosso acesso e convívio com as tecnologias e hábitos que adquirimos em função deles.
Ultimamente estamos perdendo o que alguém no passado classificou como “comportamento humano”. Com isso estamos deixando para trás nossas habilidades de interações sociais e nossas relações interpessoais. Hoje vivemos num contexto onde, pouco a pouco, estamos nos tornando mais frios e distantes das pessoas e aquilo que talvez tenha sido idealizado para nos unir tem surtido o efeito completamente oposto. Quando observamos os mais jovens temos uma visão ainda mais pessimista do futuro e a situação só tende a se agravar nas próximas gerações.

Seu vício em celular pode matar muita gente, inclusive você!

Selfie e egocentrismo: Quem curte e compartilha também estimula e aprova!

Você é viciado em celular? Cuidado, você pode ter déficit em suas habilidades sociais.

O perigo de se expor demais nas redes sociais. Se sua vida inteira estanha internet, ela poderá ser usada contra você.

Hoje, para você ter uma ideia, crianças não interagem nos parquinhos, praças, playgrounds ou nas ruas de suas casas. Estas mesmas crianças conseguem reconhecer com muito mais facilidade as expressões faciais dos avatares dos seus jogos ou emoticons dos seus celulares, mas têm extrema dificuldade para reconhecer sentimentos básicos como felicidade ou tristeza nas outras pessoas.
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Os adolescentes possuem cada vez mais dificuldades de estabelecer relações de amizades, afetivas ou amorosas. Já os adultos tendem a repetir o que viveram nas gerações anteriores; somando-se a esta característica a necessidade de se inserir em relacionamentos, grupos sociais, desenvolvimento profissional e várias outras relações que exigem habilidades que não foram aprendidas na época devida.
Por isso, fica aqui minha dica como humano e como profissional: não se atenha apenas ao termo, procure compreender o recado que ele está dando, verifique se sua vida está sendo modificada ou prejudicada por isso e tome atitudes. Não tenha medo e se precisar de ajuda, não hesite em procurar alguém de sua confiança!

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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