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No dia 18 de outubro participei do programa “Band Mulher”, exibido pela Band Bahia, afiliada da TV Band. O Tema do programa foi “os riscos da automedicação”. Esse é um tema que precisa estar sempre em pauta, pois a automedicação é um comportamento muito perigoso. Por ser visto como uma solução rápida para os problemas, seus riscos nem sempre são considerados. Além dos mais, é importante considerar que esse é um comportamento de grande influência cultural e, consequentemente, traz enormes prejuízos à saúde. 

Automedicação: solução rápida, porém perigosa.

As pessoas que se automedicam, geralmente estão em busca de uma solução rápida para algum problema ou enfermidade. No entanto, o que deveria ser uma saída, pode se tornar um problema ainda mais crítico. Similarmente, a automedicação está relacionada a casos de agravamento em quadros de saúde. Não por acaso, é um fenômeno constantemente encontrado nos mais variados serviços de saúde, especialmente nas emergências médicas. Por exemplo, as intoxicações e paradas cardiorrespiratórias estão entre as principais complicações decorrentes da automedicação.

Ao fazer uso de algum remédio por conta própria, a pessoa não pensa nas possíveis consequências que esse ato pode gerar. Normalmente ela enxerga apenas a melhor das possibilidades: o alívio dos sintomas. Contudo há outros fatores diretamente envolvidos. Muitas vezes os adeptos desse comportamento esquecem do mais importante em se tratando de medicamentos: os efeitos colaterais e as intercorrências de agravamento. Afinal, todos os medicamentos podem desencadear algum tipo de efeito adverso. 

Isso ocorre pelo dato cada organismo ser único e as condições do uso podem potencializar alguma especificidade no uso da medicação. As intercorrências podem surgir até mesmo quando a medicação é prescrita e orientada por um profissional habilitado. No entanto, o risco é infinitamente maior quando se trata de automedicação administrada por uma pessoa leiga.

Automedicação Elídio Almeida fala sobre o tema na Band. Psicólogo em salvador

A questão cultural da automedicação.

Durante a entrevista para o programa, procurei destacar não só a necessidade de pensarmos nas consequências dos nossos atos. Pnderar sobre as consequências das nossas escolhas é ainda mais necessárias em se tratando de automedicação. Também, suscitei uma reflexão para a questão cultural. Afinal de contas, vivemos numa cultura que dissemina a ideia de que todos temos um pouco de médicos. Fato que “autoriza muitas pessoas a agir com imperícia. Sendo assim, essa é uma ideia que parece habilitar as pessoas a fazer uso dos medicamentos por conta própria.

Tal ocorrência é, no mínimo, preocupante. Afinal são poucas as pessoas em nossa sociedade que conhecem os princípios ativos das substâncias e suas dosagens. Nesse mesmo sentido, salientei o fata das pessoas estarem cada vez mais ávidas por resultados rápidos. Desse modo, terminam por depositar nos remédios a expectativa para solução de todos os problemas.

Outrossim, pude lembrar que existem diversos interesses comerciais envolvidos no uso indiscriminado de medicamentos. Não por acaso, temos acesso facilitado a quase todo tipo de substância medicamentosa, sem maiores obstáculos. Somada a essa questão, os meios de comunicação e informação, especialmente a internet,  servem como bulário para qualquer um encontrar o remédio para casos que talvez não precise da intervenção de um fármaco.

  • Psicólogo Elídio Almeida fala sobre automedicação no programa Band Mulher. psicólogo em salvador
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Psicólogo passa remédio?

Não. Recentemente, inclusive, fiz um post aqui no blog falando algumas razões pelas quais os psicólogos não podem prescrever medicamentos aos seus pacientes. Sugiro você dar uma olhada, clicando aqui. Essa informação pode lhe ajudar a compreender um pouco mais sobre os riscos da automedicação.

Contudo, cabe destacar que administrar um medicamento não é tão simples como parece. Em primeiro lugar, para fazer uso de uma substância é necessário conhecer sua aplicabilidade. Em seguida, é imprescindível que se saiba lidar com as eventuais adversidades decorrentes desses uso. Afinal, somos cientes que qualquer substância pode gerar efeitos colaterais adversos. Por isso, lidar com esses elementos requer conhecimento não apenas para prescrever ou indicar. Nesse sentido, é fundamental que se saiba o que fazer se algo não sair como o esperado (uma parada cardíaca, por exemplo). 

Automedicação Elídio Almeida fala sobre o tema na Band. Psicólogo em salvador

Aliás, são os médicos e alguns outros profissionais que têm a prerrogativa de prescrever remédios aos seus pacientes. Esse também foi um ponto que procurei esclarecer durante a entrevista. Em resumo, precisamos pensar mais sobre as consequências das nossas decisões. Somente assim evitaremos os males causados pela automedicação e outros comportamentos inadequados.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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