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Várias pessoas se consideram frustradas e buscam superar ou evitar essa condição. Seja na vida amorosa ou profissional, muitas delas gostariam de dominar os meios para superar as decepções. Por isso, o post de hoje tem a intenção de trazer algumas dicas para esse propósito. Nesse sentido, o primeiro passo é refletir sobre os acontecimentos passados. Esse exercício inicial é fundamental. Afinal, será por meio dele que os erros e acertos serão identificados. O Segundo passo é analisar cada situação, bem como repetir e ampliar aquilo que foi produtivo. Por fim, com o suporte adequado, basta planejar e pôr em prática as melhorias rumo ao futuro mais promissor e sem frustrações.

Algumas pessoas têm dificuldade para lidar com as frustrações, especialmente as desilusões amorosas.
Algumas pessoas têm dificuldade para lidar com as frustrações, especialmente as desilusões amorosas.

Baixa tolerância à frustração

Sentir-se frustrado por não ter conseguido atingir alguma meta, alcançar um objetivo ou realizar um sonho é natural, mesmo que essa experiência seja desagradável. Por isso, é comum o descontentamento ao perceber que os planos não saíram conforme o esperado. Algumas pessoas, no entanto, não encaram a frustração de forma natural e, muitas vezes, sofrem bastante nesse momento. Quando isso ocorre, dizemos que essa pessoa possui dificuldades para tolerar frustrações ou que ela tem baixa tolerância à frustração. A primeira delas é a frustração gerada por contextos que dependem do comportamento da pessoa. Por exemplo, tirar nota baixa na prova pode gerar frustração, mas ao estudar mais as notas podem ser melhores na próxima avaliação. A segunda categoria de frustração é aquela que independe do comportamento da pessoa. Por exemplo: a morte de uma pessoa querida.

A capacidade de tolerar uma frustração está diretamente ligada ao nível de amadurecimento da pessoa ou como ela e o contexto, ao longo da vida, agiram nos episódios onde a frustração esteve presente. Normalmente, as pessoas aprendem a lidar com este tipo de sentimento na infância e, muitas vezes, a forma como a frustração foi tratada pode acompanhar nas fases seguintes da vida. Por exemplo, a criança que sempre teve todos os seus desejos atendidos pelos pais (brinquedos, comidas, viagens, roupas, horários) pode ter aprendido que todos estão sempre dispostos a lhe atender. Quando essa criança crescer, poderá enfrentar dificuldades com habilidades sociais, sobretudo na escola, pois nem todos estarão disponíveis para lhe atender as vontades. 

Também, sofrer demasiadamente com o “não” de uma eventual investida amorosa, agir com infantilidade frente aos problemas da vida adulta, principalmente no ambiente de trabalho, podem sinalizar baixa tolerância à frustração. Por isso, saber lidar com as desilusões é um ponto decisivo e muito importante. Por exemplo, quando a pessoa não possui um bom desenvolvimento para lidar com os episódios de frustração, pode ter dificuldades, especialmente nos relacionamentos, tornando se muito dependente da outra pessoa ou excessivamente ciumenta e controladora.

Frustração: A psicoterapia comportamental ajuda a refletir sobre as decepções, de modo a construir novos resultados.
A psicoterapia comportamental ajuda a refletir sobre as decepções, de modo a construir novos resultados.

Lidando com as desilusões

Seja como for, os meios para lidar e superar a frustração passa pela análise dos acontecimentos do passado. Essa atitude é fundamental para compreender o que depende ou não de si, bem como compreender os erros e acertos de cada situação. A partir daí o processo deve ser o de analisar cada situação, tentando abandonar as condutas improducentes e ampliar aquilo que deu certo. O passo seguinte é planejar e pôr em prática as melhorias rumo ao futuro mais promissor e sem frustrações. Nesse sentido a psicoterapia comportamental pode ser de grande valia.

No processo terapêutico serão trabalhadas as questões raízes das frustrações. Por meio dessa compreensão serão analisados os comportamentos empreendidos e quais foram as suas consequências. Em seguida, novos planejamentos vão ser implementados, com vistas a não repetir as iniciativas que não deram certo no passado. Vale lembrar que para resultados diferentes, é necessário ter comportamentos diferentes. Repetir as mesmas atitudes, pode ocasionar as mesmas frustrações. Pense nisso.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

2 Comments

  • Rebeca Dórea disse:

    Olá! Queria parabenizar a sua ação de enviar e-mails tão construtivos como esses. Tem sido muito útil no meu dia a dia. Além de admirar muitíssimo essa profissão. É uma área que futuramente estarei ingressa. Agradeço e desejo a você um ano repleto de realizações. Obrigada! Me sinto muito, muito, muito bem em ler seus e-mails.

    • Olá Rebeca!
      Eu é quem fico feliz em estar, de certa forma, contribuindo para o seu bem estar, esse é um dos principais objetivos deste blog. Bom saber que em breve será psicóloga. Obrigado também por acompanhar meus textos. Feliz Ano Novo pra você também!

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