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Hoje presenciei uma cena, em uma farmácia, que me deixou apreensivo: a clássica cena de birra infantil. Uma criança, de aproximadamente 2 anos, começou a apanhar frascos de xampu na prateleira e atirá-los ao chão. O pai olhou para mãe e a mãe, por sua vez, agiu prontamente: ordenou que a babá da criança apanhasse e organizasse novamente os xampus na prateleira.

birra comportamento que prejudica o desenvolvimento psicólogo elídio almeida terpaia de casal em salvador

Para ser sincero, tive vontade de convidá-los para uma conversa e juntos. refletindo sobre os comportamentos manifestados naquela situação, pensamos no porquê cada um fez o que fez e quais as consequências disso a longo prazo.

(In)Felizmente o bom senso falou mais alto e não intervi, ficando apenas na torcida de que essa família seja mais eficaz em suas relações e na educação do seu filho, a fim de que não venham sofrer as severas consequências do comportamento inadequado que tiveram naquela ocasião.

Um número elevado de famílias, com dificuldade na condução educacional dos filhos e em lidar com comportamentos agressivos e rebeldes dos adolescentes, tem buscado o – cada vez mais o auxílio da Psicoterapia Comportamental. Penso que isso pode ter relação com formas de educar como a que relatei acima.

Realmente  é difícil enfrentar tais situações, como deixei claro ao tratar da birra infantil, mas devemos ter consciência de que algumas coisas podem ser evitadas, se forem trabalhadas desde cedo.

birra criança que dorme com os pais psicólogo em salvador

Hora de pensar sobre o comportamento de birra.

Se você que vivencia, ou já vivenciou, uma situação semelhante, em qualquer um dos papéis, à que foi descrita no início deste texto,  o que pensa a respeito? Será que não são comportamentos como esses que moldam os reizinhos que comandam algumas casas? O que será que a criança aprendeu com a atitude dos adultos? Por que será que o pai transferiu à mãe o controle da ação? Será que a mãe agiu de forma adequada? O que a impediu de tomar outra atitude? Qual deve estar sendo o papel desta babá na família e o que isso também implica no desenvolvimento da criança? Será que todos que presenciaram a cena pensaram o mesmo que eu? O que será que mantém cada comportamento que foi adotado pelos espectadores e pelos envolvidos?

Sim, muitos questionamento.

Se pudermos dar uma pequena pausa, para refletirmos sobre estas questões, este post  terá valido a pena.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

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