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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo, ou TOC, como é popularmente conhecido, é o quarto transtorno mental mais frequente no mundo. Ele atinge de 2% a 3% da população do planeta. No Brasil, aproximadamente sete milhões de pessoas convivem com esse transtorno. Por isso, é fundamental saber reconhecê-lo. Além disso, é importante dispor de meios adequados para lidar com esse quadro psicopatológico.

O TOC afeta todas as idades e ambos os sexos. Geralmente, ele surge entre o final da adolescência ou no princípio da vida adulta. Em muitos casos, esse transtorno está relacionado com momentos de mudanças significativas na vida da pessoa ou com situações de ansiedade intensa.

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O TOC é um quadro psicopatológico grave. Por isso, deve ser tratado com responsabilidade.

Como se comportam as pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo?

As pessoas acometidas pelo TOC, são dominadas por pensamentos ou ideias recorrentes. Por exemplo, “será que estou com mau cheiro?” ou “realmente que tranquei a porta da casa?”. E, para reduzir a ansiedade e angústia geradas pelos pensamentos obsessivos, muitas delas passam a desenvolver comportamentos repetitivos e ritualísticos. Por exemplo, ficar horas no banho ou conferir várias vezes se uma porta está trancada realmente.

Uma equipe da Universidade Anhembi Morumbi, em um dos episódios da série “Conversas de Elevador”, abordou a temática do TOC. No vídeo abaixo, é possível observar alguns rituais empreendidos por alguém que possui TOC e, em outros momentos, a ilustra-se a maneira como devemos agir durante o contato com essas pessoas.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo – TOC

A pessoa com TOC fica presa a um círculo vicioso. Em primeiro lugar, isso ocorre, pois, tudo aquilo que faz para tentar obter alívio, por meio das compulsões, na verdade, mantém e intensifica o problema. Ou seja, na prática, as obsessões (pensamentos) deflagram as compulsões que, consequentemente, ao serem praticadas, reforçam ainda mais os pensamentos obsessivos. Isto significa que quanto mais rituais a pessoa realizar para sentir-se melhor, mais ela se tornará dependente das obsessões. Nesse sentido, torna-se refém do próprio pensamento e dos rituais.

Tal círculo gera um sofrimento intenso e faz com que a pessoa sinta-se apreensiva e envergonhada diante de outras pessoas. Paralelamente ela passa a ser percebida pelos demais como uma pessoa estranha, esquisita ou chata. Tudo isso compromete ainda mais as suas interações sociais.

Os pensamentos ritualísticos deixam o paciente preso a comportamentos obsessivos.
Os pensamentos ritualísticos deixam o paciente preso a comportamentos obsessivos.

As obsessões mais comuns são:

  • Dúvida: sensação de incerteza sobre se algo foi ou não realizado. Isso leva a rituais de verificação contínuos;
  • Colecionismo: fixação em colecionar objetos sem aparente utilidade ou a tendência em não se desfazer de objetos, por considerar que os mesmos poderão ser úteis no futuro;
  • Contaminação: medo excessivo de contaminar-se com vírus, bactérias ou substâncias tóxicas. Esse tipo de obsessão leva a rituais de limpeza. Por exemplo, lavar constantemente as mãos, bem como tomar banhos frequentes;
  • Pensamento automático: a pessoa passa a ter certeza de que se não cumprir determinadas “tarefas”, como, por exemplo, repetir inúmeras vezes uma mesma frase ou palavra, jamais ficará livre dos maus pensamentos;

Para concluir, é importante ressaltar que o TOC traz muitos prejuízos à pessoa acometida por esse transtorno. Isso se deve, especialmente, pela íntima relação com quadros de ansiedade e depressão. Por isso, um profissional qualificado deve ser consultado para realização de um diagnóstico preciso, bem como para adoção do tratamento mais adequado.

Elídio Almeida

Psicólogo em Salvador, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especializado em Terapia de Casal e Relacionamentos (CRP). Possui também pós-graduação em Psicologia Clínica pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Dedica-se à prática clínica, oferecendo acompanhamento terapêutico a casais, famílias e atendimento individual para adultos. Além disso, ministra cursos e palestras na área.

3 Comments

  • Paulo Pinheiro disse:

    Muito boa explicação sobre os “sintomas” do TOC, porém acho que deveria explicitar menos como deve ser feito o tratamento, assim as pessoas o procurariam mais para solucionar estes problemas.

  • JUCIARA NASCIMENTO ROCHA disse:

    TEMOS QUE ENTENDER,E RESPEITAR O JEITO DE SER DE CADA UM DE NÓS

    • Olá Juciara, obrigado pelo comentário. Você tem toda razão, mas principalmente não devemos esquecer que muitas pessoas precisam de ajuda e não devemos nos comportar com elas apenas em função desta patologia.

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